EXERCÍCIOS FÍSICOS E QUALIDADE DE
VIDA NA TERCEIRA IDADE
A qualidade de vida durante o
processo de envelhecimento é uma temática atual e centro de muitas discussões,
tendo em vista que a população de idosos no Brasil está crescendo de forma
bastante acelerada.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE (2008) deverá chegar a aproximadamente 30 milhões de
pessoas em 2020, o que corresponderá a 13% dos brasileiros.
A velhice além de alterações
biológicas traz mudanças psicológicas e sociais que contribuem para o
relacionamento do idoso consigo mesmo, com a família, amigos e a sociedade.
A prática regular de atividades
físicas na terceira idade tem se revelado como um fator determinante no que diz
respeito à manutenção da qualidade de vida e do bem estar dos idosos, conforme
citações de Nadeau & Peronnet (1985), aumentam a massa muscular, reduzem o percentual
de gordura corporal, aumentando a força do indivíduo, facilitando a sua
locomoção, mantêm a pressão sanguínea e a frequência cardíaca dentro de padrões
aceitáveis para a idade, dificultando o acúmulo de colesterol no sangue entre
outros.
A prática da
atividade física possibilita momentos de interação com diferentes pessoas,
auxilia o idoso a desempenhar com menos dificuldade atividades relacionadas ao
seu cotidiano, e torna-o mais autônomo ao realizar essas tarefas,
proporcionando uma valorização de suas capacidades e deixando cada vez mais
longe da sensação de invalidez, que, por muitas vezes, contribui para o seu
isolamento social (GUIMARÃES eCALDAS, 2006).
Para Tribess e Virtuoso
(2005), o declínio nos níveis de atividade física habitual para o idoso
contribui de maneira significativa para a redução da aptidão funcional e a
manifestação de diversas doenças relacionadas a este processo, trazendo como consequência
a perda da capacidade funcional.
Apesar da idade, os idosos podem ser rápidos e ainda possuir muitas
características presentes em pessoas mais jovens. Portanto, poderia
argumentar-se que uma aptidão física aprimorada retarda o envelhecimento e
confere proteção em termos de saúde e possível longevidade... a maior parte das
evidências mostra que o exercícios físico regular retarda o declínio da
capacidade funcional associada ao envelhecimento e ao desuso. Mcardle
et all (2007, p. 907)
É importante que idosos busquem sempre melhorar suas aptidões
físicas, a fim de torná-los independentes e terem condições de realizarem as
tarefas do dia a dia e se manterem saudáveis. Essas aptidões quando bem desenvolvidas
tornam os idosos menos vulneráveis a quedas, a distensões musculares,
rompimento de ligamentos, entre outras lesões ou distúrbios relacionados ao
envelhecimento, ao realizarem qualquer tipo de exercícios físicos estarão
trabalhando tanto seu lado físico quanto mental, sendo de suma importância que
eles se mantenham saudável principalmente nesses aspectos, mantendo-se assim
saudável ao longo de toda sua vida.
Drª Jane Difini
Kopzinski
REFERÊNCIAS
GUIMARÃES, J.M.N.,
CALDAS, C.P. A influência da Atividade Física nos quadros depressivos de
pessoas idosas: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia,
v. 9, n. 4, pp. 481-492, 2006.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE (2008)
NADEAU, M. & PÉRONNET, F. Fisiologia aplicada
na atividade física. São Paulo: Manole. 1985.
MCARDLE, W. Fisiologia do exercício: energia,
nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
TRIBESS, S.; VIRTUOSO, J. Prescrição de exercícios
físicos para idosos. Revista Saúde, 2005.